Olá pessoal! E como prometido segue hoje a segunda parte do artigo escrito pelo Marcos Odebrecht Júnior. Aproveitem.
Aproximação
Nesta primeira etapa serão preparadas 4 (quatro) diluições que serão comparadas às amostras originais “A” e “B”, ou seja, serão necessários 6 (seis) copos. Sempre que possível tente utilizar copos iguais e identifica-los apropriadamente. Desta forma, cada copo receberá um total de 20 (vinte) partes de hidromel (ou outra bebida), sendo que 1 (uma) parte pode ser uma colher de sopa, por exemplo, ou qualquer outra medida que seja fácil de reproduzir.
Depois de alguns artigos mais técnicos vamos passar por mais uma receita diferente. Encontrei essa em um site britânico (referência no fim da página) e achei ela bem interessante pelo uso do cardamomo. Eu já usei cardamomo em algumas receitas e sinceramente adoro essa especiaria! Ele é inclusive uma das especiarias presentes no meu metheglyn Mumtaz.
Essa receita é tida como tradicional britânica e é baseada em uma receita russa onde o metheglyn é aromatizado com cardamomo e cravos.
Olá a todos! Estava revendo umas receitas minhas de hidromel e acabei decidindo colocar uma receita minha aqui no blog. Foi uma receita que eu fiz o ano passado (primária em Mar/2013 e engarrafada em Jul/2013), mas como participei de um evento em Agosto de 2013 e levei esse hidromel acabei ficando sem ele rapidamente. Porém essa semana para minha grata surpresa encontrei duas garrafas desse néctar perdida entre outras garrafas de receitas diferentes e resolvi abrir uma delas agora com mais de 6 meses de engarrafamento e estava maravilhoso. A outra garrafa vai ficar para uma ocasião especial!
Estou falando do meu Melomel Nefertari, ele é composto de 4 frutas: Mirtillo, Amora, Morango e Framboesa e cada uma delas contribui para uma característica diferente na composição e o resultado final fica muito harmonioso e com boa potência. Cor linda e melhora muito com o tempo.
Olá a todos! Atendendo a pedidos de leitores que estão ávidos por usar gelatina como clarificante eu preparei este artigo para vocês! Gelatina é um dos muitos produtos que podem ser usados para clarificação de mostos e digo no plural porque pode ser tanto de mosto cervejeiro, de vinho ou de hidromel que no caso é o que nos interessa.
Mas o que exatamente é a gelatina? A gelatina é apenas uma versão processada de uma proteína estrutural chamada colágeno, que é encontrada em muitos animais, incluindo os seres humanos. Claro que não extraímos colágeno humano para fazer gelatina e sim de vacas e porcos. Ela é uma proteína que confere firmeza e elasticidade a vários tipos de alimentos e saborizada por ser uma sobremesa em si.
Boas pessoal, depois da correria da semana passada vamos tratar de voltar a escrever para o Blog! Um tema que me cobram com frequência é sobre as técnicas de carbonatação/gazeificação dos hidroméis. E claro é toda uma categoria a parte e um mundo de possibilidades para explorar na produção dos hidroméis, pois as técnicas usadas para gazeificar os hidromeis mudam drasticamente a textura e o sabor do nosso produto.
Antes de qualquer coisa, vamos deixar claro que não vou descrever aqui os métodos cervejeiros de gazeificação e sim os métodos usados para a produção de vinhos, pois entendo que é um produto mais próximo do nosso em características gerais.
Vamos entender o início da produção dos vinhos espumantes.
Orgulhosamente o meu canal do Youtube que fala de hidromel e outros temas ligados e que já tem 13 vídeos à bordo ultrapassou ontem a marca das 100.000 visualizações! Isso me dá muito ânimo para continuar e melhorar o meu trabalho para vocês pessoal.
Fico orgulhoso de ver o mundo dos hidroméis ganhando espaço rapidamente no Brasil.
Vamor juntos fazer essa bebida recuperar o lugar dela na história.
Link do Canal: Pompeia Hidroméis
Olá pessoal!!! Já faz algumas semanas que não posto nenhum receita de hidromel aqui no blog e já estava na hora! Achei essa na seção de receitas do site StormTheCastle. Esse site para quem gosta de assuntos medievais, rpg e afins é o paraíso, mas é apenas em inglês, e como todo bom site sobre esses assuntos ele contém uma grande seção especialmente feita para os hidroméis! Vale uma visita.
Essa receita tem características muito leves e deve ficar um espetáculo (um petáculo, com diz um amigo) se servido bem geladinho (não congelando!), o aniz estrelado mais o limão e a leveza do mel de flor de laranjeira devem deixar esse hidromel uma coisa!!!
O limão aqui vai dar uma acidez extra que vai deixar esse hidromel com aquele apelo refrescante, e o aniz vai dar profundidade de aroma e apesar da receita ter um alto potencial alcoólico ela vai ficar leve ao paladar.
Um assunto que é polêmico e que coloca muita gente do mundo das fermentações com um pé atrás é o uso de azeite de oliva como substituto do oxigênio no mosto. Talvez pela falta de estudos sobre o assunto ou mesmo de pessoas que coloquem a cara a tapa para mostrar se a coisa realmente funciona ou não, o pessoal ainda não se encorajou para os testes e possível adoção do método.
Necessidade de oxigênio.
Primeiro, porque temos que aerar o mosto no início de nossa fermentação? Porque o oxigênio é extremamente importante para o processo de construção da parede celular e crescimento das leveduras, tanto em quantidade como em qualidade. Mais específicamente as leveduras usam o oxigênio para produzir os esteróis e ácidos graxos necessários ao seu ciclo de reprodução.
Oxigenar o mosto de hidromel não é uma tarefa fácil pois o mosto de hidromel tem dificuldade em incorporar oxigênio e existe uma alta demanda de oxigênio para a fermentação do hidromel. Essa demanda é de 10-12ppm (partes por milhão) de oxigênio no mosto.
Outro tema que é muito recorrente em rodas de discussão sobre hidromel é a questão da fervura do mel. Muitos defendem, muitos são contra. Mas vamos olhar as coisas por partes.
Nós já falamos sobre mel aqui nesse espaço, mas mesmo assim vamos a um breve resumo. O mel é o néctar das flores capturado pelas abelhas e que passou por ações enzimáticas, induzidas pelas abelhas, e depois levemente desidratadas e acondicionadas nos favos dentro das colmeias. É rico em vitaminas e minerais, possui grande ação antibacteriana e é historicamente um dos produtos mais importantes para a humanidade – com alimento e como produto medicinal. Teve ser uso reduzido após a introdução do açúcar de cana e lentamente esta voltando a ser mais utilizado e, é claro, é matéria prima dos nossos néctares.
No hidromel, obviamente, é essencial. E é na etapa de preparação do mosto que essa pergunta vem a tona: Ferver ou não ferver o mel ou o mosto em si? Se você pegar livros de receitas antigas e mesmo as receitas medievais que temos publicadas aqui no Blog, você vai ver que o método de fervura é muito usado. Mas vamos parar para pensar um pouco, no período medieval não se conheciam as ações de micro organismos, nem se conheciam técnicas de sanitização como a Pasteurização, também não existiam produtos como Iodo para ajudar na tarefa. Logo, por experiência, a maneira que os antigos produtores de bebidas conheciam para livrar o mosto de contaminações era a fervura. E eles usavam muito isso. É comum encontrar receitas onde é solicitado para ferver até que um quarto do conteúdo evapore.
Vou iniciar hoje uma série de artigos sobre a história, classificação e a popularidade do hidromel em diversos países do mundo. E para começar vou falar de um país onde atualmente o hidromel tem grande importância e um sistema de classificação bem diferente no que conhecemos e usamos aqui no Brasil.
Hidromel na Polônia
O hidromel sempre foi uma bebida muito tradicional na Polônia. Isso desde o período da dinastia Piast quando sequer o vinho era produzido em território Polonês, o que desde o início da história deste pais ajudou o hidromel e a cerveja florescerem. Porém o hidromel, em seus primórdios, era uma bebida cara e, portanto, bebida apenas em ocasiões importantes, ganhando com isso um status de bebida de luxo e foi com isso perdendo espaço para a vodka, mais barata e fácil de produzir.